El Hierro

El Hierro, conhecida como “isla del meridiano cero”, é a mais ocidental ao mesmo tempo, o mais meridional de todas as ilhas que compõem o arquipélago canário, paralelamente é a ilha de menor dimensão (excepto La Graciosa), com 268,7 km2. Sua altitude máxima é de 1.501 m (pico de Malpaso), destacando também outras elevações como o pico de Tenerife (1.417 m) ou o Tábano (1.387 m). Tem uma forma algo triangular, com três vértices cujos extremos são a ponta de Amacas a leste, a ponta de La Restinga ao sul e a ponta del Barbudo e o farol de Orchilla a oeste. A costa é em muito escarpada, formada por alcantilados que alcançam ou superam os 200 m de altura a oeste (bahía de los Reyes – El Verodal), a sudeste (punta de Miguel – roques de la Piedra Bermeja) e em nordeste (punta de Arelmo), ainda que devido a notável incidência do vulcanismo recente existem amplas plataformas lávicas o “malpaíses” que têm conquistado terreno ao mar, tais como as do Borque del Barbudo e El Verodal a oeste, El Golfo a norte e El Tamaduste e Echedo a nordeste. A sua juventude geológica e a predominância de forças construtivas sobre as destrutivas fazem que apenas haja barrancos expressivos, excepto o de Santiago e vários que conformam a zona de Temijiraque e o arco de Las Playas, todos eles situados no sector nordeste e leste. Em contrapartida, são mais frequentes as ravinas e os “barranquillos” em processo de formação, que se vão talhando entre os materiais vulcânicos recentes. O número de cones vulcânicos é elevado e encontram-se alinhados formado “linhas estruturais”, como ocorre a nordeste, entre San Andrés e Echedo, ou a sul, entre El Pinar e La Restinga.

As maiores escarpas da se encontram no risco de Tibataje e zonas próximas do arco de El Golfo, onde existem precipícios de 1.000 m de altura, produto de um grande deslizamento gravitacional. Em Outubro de 2011 teve lugar uma erupção submarina a cerca de 2 km de La Restinga, originando um vulcão submarino que se elevou até cerca de 80 metros abaixo do nível mar.
O clima desta ilha é de tipo mediterrânico, igual ao resto do arquipélago, ainda que a sua localização muito oceânica, mais inserida no Atlântico, lhe confere algumas características peculiares, como as frequentes névoas que se formam nas zonas altas e médias (p. ej. en Valverde y San Andrés). As precipitações médias anuais são inferiores a 250 mm em todo o perímetro costeiro e em algumas zonas do interior de baixa altitude, os valores pluviométricos são mais altos (entre 750 e 1.000 mm) sobretudo nas zonas altas orientada para o norte. As temperaturas médias oscilam entre os 15º C em Fevereiro e Março e os 26º C em Agosto e Setembro, notando-se uma diferença muito importante entre os dois vertentes, uma vez que o meridional é muito quente e seca, sobretudo em primavera e verão. A vertente norte recebe a frescura e a humidade trazida pelos ventos alísios de nordeste. Em certas épocas do ano, principalmente em outono e inverno, El Hierro é afectado por temporais de oeste, que ocasionalmente deixam cair precipitações importantes.

El Hierro conta na actualidade com uma população de 11.000 habitantes (censo de 2012), distribuída em três municípios: Valverde, La Frontera e El Pinar. O mais povoado é o município capitalino, Valverde, com 5.075 habitantes, seguido de La Frontera, com 4.104 pessoas, apesar de recente criação (El Pinar) alberga 1.854 habitantes. Chama atenção a existência de grandes áreas totalmente despovoadas, como o sector meridional-ocidental, entre La Restinga e Sabinosa.

No quadro económico, a ilha mantém muito viva as actividades tradicionais como a agricultura, a pecuária e a pesca, ainda que o turismo e o sector serviços tenham ganhado peso nas últimas décadas. Assim, actualmente existem hotéis principalmente em Valverde, La Frontera e La Restinga, ainda que este último núcleo se destaca como destino ligado ao turismo de mergulho e recreativo, o qual se está projectando muito a nível nacional e internacional. A agricultura apresenta o seu maior desenvolvimento nos vales de El Golfo, onde existem bananeiras, ananás, vinhas e fruteiras, nos núcleos de nordeste (Valverde, Echedo, Guarazoca, Mocanal, etc.), existem poli-cultivos de média altitude com vinhedos; igualmente, em El Pinar se dão bem as fruteiras. Um dos principais problemas do sector agrícola herreño é a escassez de água, uma vez que existem poucas nascentes e o aquífero se encontra quase ao mar, pese embora se têm perfurado poços e galerias em distintos sectores, com desigual resultado. O cultivo diferencial com respeito a outras ilhas do arquipélago é o ananás, que é muito apreciada e de grande qualidade. Um as aspecto que chama muito a atenção do visitante é a abundância de figueiras, que estão disseminadas por muitas zonas os figos passados e frescos são considerados uma delicia local, assim como os “tunos”, frutos da tunera (Opuntia sp) ou chumbera. Neste sentido, gastronomicamente falando, El Hierro destaca por especialidades como “la quesadilla” (um tipo de doce tradicional), ademais o queijo de cabra ou misto, que tem experimentado um grande incremento com apoio da central leiteira existente. Esta é uma das ilhas onde o gado vacum ou bovino tem maior desenvolvimento, actualmente existem mais de 550 cabeças, sendo uma estampa habitual a contemplação de grupos de vacas pastando na meseta de Nisdafe, especialmente no inverno e na primavera; o gado ovino também é muito importante, com 5.615 unidades em 2009, no entanto o caprino é o mais numeroso, com 9.054 cabeças no mesmo ano, o porcino contava com 850 unidades. A qualidade dos pastos de da ilha é muito alta, concretamente em La Dehesa y Nisdafe, salvo nos anos de seca. No quadro da pesca, é praticada principalmente desde no porto de La Restinga, destacando o recurso dos tunídeos, que é muito relevante em certas estações do ano; também tem importância local ancoradouros como o de El Tamaduste, e no porto de La Estaca o seu uso é misto, ou seja, tanto para a pesca como para a chegada e saída passageiros.

Google maps
Volter
/* */