Pico

A Ilha do Pico integra o Grupo Central dos Açores, situando-se frente às Ilhas do Faial e de São Jorge. É a segunda maior ilha, com 446 km2 de superfície, e a mais alta do arquipélago (2.351 m.). O vulcão que a coroa é o elemento geomorfológico e paisagístico que nela mais se destaca e, ao mesmo tempo, um marco importante no conjunto das ilhas. Trata-se de um estrato-vulcão que não apresenta uma caldeira pronunciada, e se eleva sobre um extenso planalto central. A costa do Pico é pouco alcantilada, excepto em algumas zonas no norte que, contudo, não ultrapassam os 100m. Pelo contrário existem várias regiões de “fajãs” como as de Ponta do Mistério, Ponta da Rocha, Ponta do Castelete e Cachorro, a Norte, e as Lajes do Pico, a Sul. De facto, quase todo o litoral sul da Ilha é baixo e de formação recente, sem vertentes íngremes. Outro aspecto a destacar é a existência de alguns ilhotes frente à capital, Madalena, restos de um vulcão hidromagmático, cujo colapso e fragmentação se deve à intensa erosão marinha. O carácter bastante recente da formação do Pico, permite-nos, ainda, observar as extensas línguas de lava que penetram no mar em vários pontos do litoral, como os “mistérios” de São Caetano - Ponta da Faca ou São João, na costa sul; Pontas de Manhenha e do Castelete, na região oriental; e em Calhau, Prainha, Ponta do Mistério e Santo António, na costa norte.

A população do Pico ronda os 14.150 habitantes (2011), na sua maioria concentrada nas principais freguesias dos concelhos de Madalena, São Roque do Pico e Lajes do Pico. As regiões montanhosas e o vasto Planalto Central estão totalmente despovoados, devido sobretudo aos rigores climáticos que ali se fazem sentir.

Os vinhedos, os mais extensos do arquipélago e donde se extrai o famoso “verdelho”, assumem um papel muito importante na economia da ilha. A paisagem agrícola tradicional da cultura da vinha, que envolve em particular o concelho de Madalena, foi recentemente reconhecida como Património Mundial da Humanidade (2004).
Outras actividades que sustentam a economia do Pico são; a pesca, nomeadamente a de altura; a pecuária bovina, que conta com extensas zonas de pasto verde; e o turismo de montanha, que tem vindo a aumentar de ano para ano, com o atractivo da subida ao Pico.

As primeiras casas da ilha foram construídas na povoação de Ribeiros, mas o primeiro núcleo populacional, verdadeiramente importante, só foi fundado em 1640, nas Lajes do Pico.
No passado, a Indústria Baleeira, com a Fábrica das Armações Baleeiras instalada em São Roque do Pico desde 1542, foi uma das principais actividades das gentes do Pico. Nos anos 70, a pesca à baleia foi proibida e praticamente desapareceu, e a antiga fábrica é hoje um Museu. Da “caça” ao cachalote, passou-se à observação destes cetáceos, uma oferta turística em ascensão, tanto nas Lajes do Pico como na Madalena, aproveitando o facto de o mar dos Açores ser uma das regiões do Atlântico por onde passam baleias e golfinhos, servindo-lhes também de habitat.

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