Alegranza

Com uma superfície de aproximadamente 10 km2, a ilha de Alegranza representa o ponto mais setentrional do Arquipélago Canário. Está situada a norte de Lanzarote, e sua altitude máxima encontra-se em “la Caldera”, a quase 300 metros sobre o nível do mar. Constitui uma propriedade privada, mas forma parte da Rede de Espaços Naturais das Canárias (Parque Natural de Chinijo y Reserva Integral de Los Islotes), e o seu acesso está condicionado.

O relevo da ilha ficou definido em boa parte pela Caldeira, considerada uma das mais bem conservadas do Arquipélago. Trata-se de um amplo edifício de origem hidro-vulcânico, com uns 1.300 metros de diâmetro e 250 metros de profundidade. Na vertente oeste, a erosão marina talhou uma grande arriba, que põe a descoberto a sua estrutura interior.
Separados pela plataforma central, e leste encontram-se alinhados outros três cones vulcânicos, também recortados pelo mar: Montaña de Lobos (220 metros), Morro de las Atalayas (130 metros) e Morro de la Rapadura (130 metros). As ecoadas lávicas emitidas pelo ditos cones, recobrem boa parte desta meseta. Entre as correntes de lavas, (denominados “mal países” nas Canárias e “queimadas” em Cabo Verde), e outros aparatos vulcânicos menores, aparecem algumas pequenas bacias endorreicas, onde acumula uma argila salitrosa.

No sector norte, aparece uma zona chamada “El Jablillo”, ocupada pelas areias finas e brancas lançadas pelo mar e pelo vento para o interior.
A cobertura vegetal é própria do “piso basal canário”, com abundante presença de comunidades halófilas. As “tabaibas” desenvolvem formas espectaculares, naqueles sectores de forte vento. Nas áreas de cultivos abandonados, crescem profusamente as “aulagas” e sobretudo, uma planta introduzida: “el bobo” ou “tabaco moro” (Nicotiana glauca)

Alegranza é um lugar de refúgio e nidificação de numerosas aves. Destacam-se as rapaces, como é o caso do guincho (Pandion haliaetus) com dois ou três pares, e o escasso falcão de Eleonor (Falco eleonarae). Mas sobretudo as aves marinhas as mais abundantes. Sobressai uma numerosa colónia de pardelas (Calonectris diamedea), das que sobraram de antigas matanças, quando esta espécie constituía um elemento importante na economia insular. A colónia actual de pardela cinzenta, é uma das maiores da Macaronésia, e ascende a uns 10.000 pares.

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